"Eu sei que posso estar falando algumas bobagens. Mas o que é o homem sem as bobagens em que acredita, meu prezado amigo?" - Pe. Fábio de Melo
segunda-feira, 23 de julho de 2012
domingo, 22 de julho de 2012
"Ela é exatamente como os seus livros: transmite uma sensação estranha, de uma sabedoria e uma amargura impressionantes. É lenta e quase não fala. Tem olhos hipnóticos, quase diabólicos. E a gente sente que ela não espera mais nada de nada nem de ninguém, que está absolutamente sozinha e numa altura tal que ninguém jamais conseguiria alcançá-la. Muita gente deve achá-la antipaticíssima, mas eu achei linda, profunda, estranha, perigosa. É impossível sentir-se à vontade perto dela, não porque sua presença seja desagradável, mas porque a gente pressente que ela está sempre sabendo exatamente o que se passa ao seu redor. Talvez eu esteja fantasiando, sei lá. Mas a impressão foi fortíssima, nunca ninguém tinha me perturbado tanto. Acho que mesmo que ela não fosse Clarice Lispector eu sentiria a mesma coisa."
- Caio Fernando de Abreu sobre Clarice Lispector
Ele me disse que os livros dele queriam se juntar com os meus. E nós tínhamos uma livraria/cinema/café pra construir, mesmo eu odiando café. Me disse que nossos momentos eram pequenas eternidades, e que as grandes eram irrelevantes. Nossos beijos eram intermináveis, nossos cheiros, inseparáveis. Disse que ia me dar o mundo e me pediu pra escolher um destino qualquer pra começar. Nossos filhos teriam o azar de ter nomes de filósofos franceses, e nossos sonhos terão o azar de não acontecer.
Silêncio, algum silêncio.
Ouço uma lágrima cair no chão, ou duas, ou mil.
Nunca me escreverão dedicatórias tão bonitas. E é isso que fica."
Nunca me escreverão dedicatórias tão bonitas. E é isso que fica."
- Um grande amor em onze linhas, Clara D.
quinta-feira, 19 de julho de 2012
“Tive um vizinho que gritava com a namorada ao telefone, sem se importar que o prédio inteiro ouvisse: “Não sei o que fazer! Fico mal contigo e fico mal sentigo!”. Sempre achei essa situação desoladora, e nem estou falando do português do sujeito. É duro ter apenas duas alternativas (ficar ou ir embora) e ambas serem terríveis.”
- Martha Medeiros
sexta-feira, 13 de julho de 2012
segunda-feira, 2 de julho de 2012
"Não,
não, a Morte não é algo que nos espera no fim. É companheira silenciosa
que fala com voz branda, sem querer nos aterrorizar, dizendo sempre a
verdade e nos convidando à sabedoria de viver. O que ela diz? Coisas
assim:
“Bonito o crepúsculo, não? Veja as cores, como são lindas e efêmeras… Não se repetirão jamais. E não há formas de segura-las. Inútil tirar uma foto. A foto será sempre a memória de algo que deixou de ser… E esta tristeza que a beleza dá? Talvez porque você seja como o crepúsculo…. É preciso viver o instante. Não é possível colocar a vida numa caderneta de poupança…”
“Você sabe que horas são? Está ficando frio… E as cores do outono? Parece que o inverno está chegando…”
“O que é que você está esperando? Como se a vida ainda não tivesse começado… Como se você estivesse à espera de algum evento que vai marcar o início real da sua vida: formar, casar, criar os filhos, separar da mulher ou do marido, descobrir o verdadeiro amor, ficar rico, aposentar… Como se os seus instantes presentes fossem provisórios, preparatórios. Mas eles são a única coisa que existe…”
“E esta música que você está dançando? É de sua autoria? Ou é um Outro que toca, e você dança? Quem é este Outro? Lembre-se do que disse o poeta ‘Sou o intervalo entre o meu desejo e aquilo que os desejos dos outros fizeram de mim’. Mas, se você é isto, o intervalo, você já morreu… Acorde! Ressuscite!”
A branda fala da morte não nos aterroriza por nos falar da Morte. Ela nos aterroriza por nos falar da Vida. Na verdade, a Morte nunca fala sobre si mesma. Ela sempre nos fala sobre aquilo que estamos fazendo com a própria Vida, as perdas, os sonhos que não sonhamos, os riscos que não tomamos (por medo), os suicídios lentos que perpetramos.
“Lembra-te, antes que se rompa o fio de prata e se despedace o corpo de outro”, e que seja tarde demais.
É! Embora a gente não saiba, a Morte fala com a voz do poeta. Porque é nele que as duas, a Vida e a Morte, encontram-se reconciliadas, conversam uma com a outra, e desta conversa surge a Beleza. Agora, o que a Beleza não suporta é o falatório, a correria… Ela nos convida a contemplar a nossa própria verdade. E o que ela nos diz é simplesmente isto: “Veja a vida. Não há tempo pra perder. É preciso viver agora! Não se pode deixar o amor para depois. CARPE DIEM!"
“Bonito o crepúsculo, não? Veja as cores, como são lindas e efêmeras… Não se repetirão jamais. E não há formas de segura-las. Inútil tirar uma foto. A foto será sempre a memória de algo que deixou de ser… E esta tristeza que a beleza dá? Talvez porque você seja como o crepúsculo…. É preciso viver o instante. Não é possível colocar a vida numa caderneta de poupança…”
“Você sabe que horas são? Está ficando frio… E as cores do outono? Parece que o inverno está chegando…”
“O que é que você está esperando? Como se a vida ainda não tivesse começado… Como se você estivesse à espera de algum evento que vai marcar o início real da sua vida: formar, casar, criar os filhos, separar da mulher ou do marido, descobrir o verdadeiro amor, ficar rico, aposentar… Como se os seus instantes presentes fossem provisórios, preparatórios. Mas eles são a única coisa que existe…”
“E esta música que você está dançando? É de sua autoria? Ou é um Outro que toca, e você dança? Quem é este Outro? Lembre-se do que disse o poeta ‘Sou o intervalo entre o meu desejo e aquilo que os desejos dos outros fizeram de mim’. Mas, se você é isto, o intervalo, você já morreu… Acorde! Ressuscite!”
A branda fala da morte não nos aterroriza por nos falar da Morte. Ela nos aterroriza por nos falar da Vida. Na verdade, a Morte nunca fala sobre si mesma. Ela sempre nos fala sobre aquilo que estamos fazendo com a própria Vida, as perdas, os sonhos que não sonhamos, os riscos que não tomamos (por medo), os suicídios lentos que perpetramos.
“Lembra-te, antes que se rompa o fio de prata e se despedace o corpo de outro”, e que seja tarde demais.
É! Embora a gente não saiba, a Morte fala com a voz do poeta. Porque é nele que as duas, a Vida e a Morte, encontram-se reconciliadas, conversam uma com a outra, e desta conversa surge a Beleza. Agora, o que a Beleza não suporta é o falatório, a correria… Ela nos convida a contemplar a nossa própria verdade. E o que ela nos diz é simplesmente isto: “Veja a vida. Não há tempo pra perder. É preciso viver agora! Não se pode deixar o amor para depois. CARPE DIEM!"
- A morte como conselheira, Rubem Alves
"Havia
uma moça que passava sempre defronte da minha casa. Eu a via, do outro
lado da rua. Ela tinha um defeito na perna que a fazia mancar. O seu
rosto tinha uma suavidade, uma beleza que me encantava. E eu ficava com
vontade de atravessar a rua e dizer-lhe: “Eu acho você muito bonita!” E
voltar correndo para dentro de casa. Nunca tive coragem. Tive medo de
que ela me considerasse um velho desrespeitoso, dando-lhe uma cantada. E
eu fico a me perguntar: Por que é tão difícil dizer aos outros o quanto
gostamos deles?"
- Rubem Alves
Saudade dói, dói, dói
Eu
ainda não aprendi a lidar com despedidas, e acho, sinceramente, que
nunca vou aprender a lidar. Não é algo assim tão fácil de aprender.
Dizem que vem com o tempo, com a experiência, mas quantas despedidas
mais terei que suportar pra aprender a enfrentá-las sem choro, sem
desespero, agonia, medo? Já foram muitas. Não pensem vocês que sou
novata na área. Desde criança que sou obrigada a lidar com pessoas que
dizem ir embora para voltar logo, e que não voltam. Confesso que ainda
espero o retorno de algumas delas, mas em segredo.
De alguma forma, enfrentar despedidas quando se é criança parece ser mais fácil. Crianças não têm ideia de espaço e tempo. Crianças acreditam quando é dito a elas que o retorno será no dia seguinte, ou dali a algumas horas, ou que o outro lado do mundo é logo ali, a dois passos de distância. Quando a gente cresce, no entanto, a coisa muda totalmente. O outro lado do mundo vira, de fato, o outro lado do mundo, e despedidas sem previsão de retorno podem significar anos de espera. Dói não ter mais ilusões nas quais se apoiar.
Enquanto não inventarem um soro anti-dores-de-despedida, vou continuar chorando com os abraços e os acenos distantes. Vou persistir em ver vídeos e fotos para me torturar, crendo que o que não me mata, me fortalece. Tudo mentira, a gente sabe. O tempo passa e a dor aumenta, independente de quantas lágrimas já foram derramadas em meio ao lamento de saudade.
— Bianca Landi
De alguma forma, enfrentar despedidas quando se é criança parece ser mais fácil. Crianças não têm ideia de espaço e tempo. Crianças acreditam quando é dito a elas que o retorno será no dia seguinte, ou dali a algumas horas, ou que o outro lado do mundo é logo ali, a dois passos de distância. Quando a gente cresce, no entanto, a coisa muda totalmente. O outro lado do mundo vira, de fato, o outro lado do mundo, e despedidas sem previsão de retorno podem significar anos de espera. Dói não ter mais ilusões nas quais se apoiar.
Enquanto não inventarem um soro anti-dores-de-despedida, vou continuar chorando com os abraços e os acenos distantes. Vou persistir em ver vídeos e fotos para me torturar, crendo que o que não me mata, me fortalece. Tudo mentira, a gente sabe. O tempo passa e a dor aumenta, independente de quantas lágrimas já foram derramadas em meio ao lamento de saudade.
— Bianca Landi
"Sou
meio fissurada por praias, eu acho. A imensidão do mar guerreando com a
finitude da terra, uma engolindo a outra. A areia quente massageando os
pés, correndo por entre os dedos, a água fresca querendo nos levar pro
fundo do oceano. As cores, a brisa, o céu beijando o mar, os pássaros,
crianças brincando na areia, construindo castelos que um dia eu tentei
construir. A terra provando que tudo um dia acaba. O mar mostrando que a
imensidão de possibilidades sempre se apresenta à nossa frente."
- Bianca Landi
domingo, 1 de julho de 2012
"Hoje em dia as pessoas se preocupam mais com a atualização de status de
relacionamento no facebook do que com o próprio relacionamento. Se
encantam pelo fato do “estou em um relacionamento serio” e perdem todo o
encanto do namoro. Felicidade é pra ser vivida e não exposta. Não perca
tempo com certas futilidades, cuide do que é seu."
— Rafinha Bastos
❝ Ser sábio, não é aceitar sempre. Ser sábio, é questionar quando
necessário. Ser sábio, não é culpar o destino. Ser sábio, é reconhecer
que você é responsável pelos seus atos, e que eles, geram as
consequências futuras. Ser sábio, não é acreditar sempre naquela famosa
frase ”O que tiver que ser, será.” - Muito bonita, por sinal - Porém,
quando nos vemos em uma ponte, onde a atravessia é dura, por incrível
que pareça: torna tudo mais difícil. Isso, porque apesar de você ter
assumido alguma vez na vida que gosta da frase porque ela oferece
conforto, ela o provoca. Provoca bem no íntimo. Como se, por não ser
capaz de lutar pelo que quer, ou se recolher porque não quer, usasse-a
como forma de ”Ok, tanto faz.” Somos tão tolos, certas vezes, que
entregamos a própria vida, e o que vem dela e por ela, na mão de algo
que nem sabemos se existe realmente: o tal do destino. Ou isso que demos
um nome, que vira e mexe nos torna ainda mais loucos. Ser sábio, não é
ignorar os fatos e se entregar no primeiro tombo. É levantar, ainda que
em tropeços e seguir em frente. Porque pelo caminho, sempre há a
possibilidade de topar com algo surpreendente. Algo, alguém…
Mas lembre-se: Você, unicamente, é responsável pelo que pensa e faz. Se a maneira que age, não condiz com o que pensa, há algo de errado.
Mas lembre-se: Você, unicamente, é responsável pelo que pensa e faz. Se a maneira que age, não condiz com o que pensa, há algo de errado.
— Aghata Paredes
Via : http://simplismenteduda.blogspot.com.br
❝ Eu não espero que você seja o-grande-amor-da-minha-vida, parei de
acreditar nisso… Não quero que você me faça chorar. Não quero que você
seja um motivo ruim na minha vida. Você é motivo de sorrisos, razão pra
eu acordar num dia de chuva e tomar banho e mudar de roupa porque eu sei
que você vai passar aqui… Não quero te odiar. Não quero falar mal de
você pros outros. Pras minhas amigas. Quero falar mal de você como quem
ama. Pois é, ele nunca lembra de desligar o celular antes de dormir e
sempre alguém do trabalho liga. Sabe, eu quero dizer isso. Que o máximo
de irritação que você me provoca é me acordar de manhã cedo falando
bobagens que parecem ser importantes no celular. Não quero que você me
largue. Não quero te largar. Não quero ter motivos pra ir embora, pra te
deixar falando sozinho, pra bater o telefone na sua cara. E eu não
tenho medo que isso aconteça (eu nunca tenho), eu fiz isso com todos os
outros. É só que dessa vez eu queria muito que fosse diferente. Dessa
vez, com você, eu queria que desse certo. Que eu não te largasse no
altar. Que eu não te visse com outra. Que eu não tivesse raiva. Que você
não passasse a comer de boca aberta. Que você entendesse o meu problema
com chãos de banheiro molhados pra sempre. Que você gostasse e cuidasse
de mim como disse ontem à noite que cuidará. Eu quero que dê certo, não
estraga, por favor. Não estraga não estraga não estraga. Posso pôr um
post-it na sua carteira? Mesmo que a gente não fique juntos pra sempre.
Mesmo que acabe semana que vem. Nunca destrua o meu carinho por você.
Nunca esfrie o calorzinho que aparece dentro de mim quando você liga,
sorri ou aparece… Mesmo que você apareça na porta de outras mulheres
depois de me deixar. Me deixe um dia, se quiser. Mas me deixe te amando.
É só o que eu peço.
— Tati Bernardi.
Via : http://simplismenteduda.blogspot.com.br
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