De um medo descomunal.
Um pavor subconsciente de se ligar demais a alguém.
Tenho vontade de avançar, de perder a cabeça por alguns segundos. Mas, no final, eu sei bem… nunca passo dessa maldita masturbação mental. Puis na minha cabeça que era indiferença, uma falta de vontade. Porque eu gosto de sofrer. E, pra alimentar o meu fetiche, preciso pensar que me evitam.
Sou sádica.
E, enfim, chego a conclusão de que o trauma psicológico é tão grande que minha própria mente cria labirintos surreais para que eu possa prolongar um pouco mais esse frio que percorre a minha espinha. Eu gosto.
Concluo: não vou dar sequer um passo. Não vou me esforçar. Nem mesmo vou procurar seu olhar.
E o meu cérebro se excita com o desafio, enquanto que o coração se aperta cada vez mais. Até o dia no qual irá parar de bater.
— Bianca Landi