sexta-feira, 5 de abril de 2013

- Não sei, menino. Todos parecem assim, meio ”não quero saber de ti”, preocupados com o próprio nariz, com a etiqueta nova, com qualquer coisa que não seja eu. Esqueceram de mim, meu bem. Apego-me demais aos outros, e muito fácil, e depois eles saem com seus sorrisos, satisfeitos. E eu fico feito um barco sem cais. Sem ninguém para voltar depois de uma tempestade em mar aberto.
- O problema não é que tu te apegas demais aos outros, docinho. É que tu te apegas de menos a ti mesma. Enquanto os outros são ondas e brisas que vêm e vão num piscar de olhos, tu és teu próprio cais. Lembra-te. Lembra-te e ama-te.

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